03/04/2008

A razão deste blogue

Correspondendo aos desafios que me tem sido feitos em jeito de mensagens no "De A a Z Quem é quem nas Ruas de Monte Abraão", dirigidos para o meu email ou pessoalmente, desde que publiquei o blogue acima referido sobre Monte Abraão, tendo em conta também, os incentivos recebidos, que muito agradeço, inicio hoje mesmo, uma tarefa que sei irá ser um desafio por um lado simples, por outro muito complexo.
Simples porque não tenho a veleidade de me julgar capaz de efectuar um trabalho como esta cidade merece e assim, apenas poderá ser um trabalho à dimensão das minhas capacidades; complexo porque sei da dificuldade que irei deparar na pesquisa biográfica de todas as personalidades que emprestam o seu nome às 171 ruas, praças, escadinhas, becos e calçadas desta cidade.
Embora consciente dessas dificuldades, hoje arregaço as mangas e dou inicio, com muito prazer, a este estudo (à semelhança do que fiz sobre Monte Abraão) sobre as personalidades que deram o nome às Ruas da Freguesia de Queluz.
Assim, solicito a todos os que de alguma forma possam colaborar nesta tarefa, com fotografias, biografias ou outras indicações o contacto para o meu email.
Agradeço também a quem fizer o favor de corrigir o que eventualmente possa ser publicado com inexactidão.
E para dar uma ideia aqui vão algumas das 117 fotografias já recolhidas, as quais irão sendo publicadas à medida que for recolhendo as informações necessárias.

1 - Av. António Ennes

António José Ennes, nasceu em Lisboa a 15 de Agosto de 1848.
Jornalista trabalhou na “Gazeta do Povo” e no jornal “O País”, afecto à corrente filosófica do «Partido Histórico», a que Ennes pertencia.
Em 1880 foi eleito deputado, mas a câmara foi dissolvida. Em 1886 foi nomeado bibliotecário-mor da Biblioteca Nacional de Lisboa. Foi eleito deputado na legislatura de 1884-1887,e reeleito para as de 1887-1889 e 1890-1891.
Após o ultimato britânico de 1890, António Enes foi nomeado Ministr0 da Marinha e do Ultramar (de 14 de Outubro de 1890 a 25 de Maio de 1891), sendo Presidente, João Crisóstomo de Abreu e Sousa.
Num período de grande pressão política sobre as questões ultramarinas face à onde nacionalista que varreu Portugal em consequência da ofensa britânica, António Enes, conseguiu manter os necessários equilíbrios internos e externos, organizou expedições militares a Moçambique, para fazer face à crescente proximidade entre Gungunhana e os interesses britâncos, e a São Tomé e Príncipe, Guiné e Bié .
Foi sucedido no cargo por Júlio de Vilhena.
Em 1891 foi nomeado Comissário Régio em Moçambique, onde deu provas de grande saber e competência, deixando o seu nome ligado a notáveis obras e feitos naquele território.
Em 1896 foi nomeado ministro de Portugal no Brasil.Presidiu ainda ao comité que dirigiu os trabalhos do 5.º Congresso da Imprensa, que reuniu em Lisboa no ano de 1898.
Faleceu em Queluz a 6 de Agosto de

2 - Av. Comandante Paiva Couceiro

Henrique Mitchell de Paiva Couceiro, nasceu em Lisboa a 30 de Dezembro de 1861.
Oficial de cavalaria esteve nas campanhas de África em Cubango e Bié entre 1890 e 1893, foi agraciado com a Ordem da Torre e Espada em 1890. Ficou célebre na luta contra as forças de Gungunhana, foi proclamado benemérito da Pátria, em 1896.
Após a proclamação da Republica em 1910, sucederam várias contra-revoluções monárquicas com o objectivo de restaurar a Monarquia.
Henrique de Paiva Couceiro, comandou desde a Galiza onde se refugiou, duas incursões no norte de Portugal, em 1911 e 1912 tendo logrado em 1919 restaurar a Monarquia, por 25 dias entre o Minho e a linha do Vouga.
Em nome do Rei, restaurou a Carta Constitucional de 1826, o Hino e a Bandeira, sendo porém abortada esta experiência como era inevitável.
Com a implantação do Estado Novo e a subida ao poder de António de Oliveira Salazar (curiosamente também monárquico) foi preso e desterrado nas Canárias donde regressou a Portugal em 1944.
Morre em Lisboa na Av. Praia da Vitória em 11 de Fevereiro de 1944, com 83 anos.

3 - Av. Dr. Francisco Sá Carneiro

Dr. Francisco Sá Carneiro, advogado de profissão, formado na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, foi eleito pelas listas da Acção Nacional Popular, o partido único do regime salazarista, para a Assembleia Nacional, convertendo-se em líder da Ala Liberal onde desenvolveu diversas iniciativas tendentes à gradual transformação da ditadura numa democracia típica da Europa Ocidental. Colaborou com Mota Amaral na elaboração de um projecto de revisão constitucional, apresentado em 1970. Não tendo alcançado os objectivos aos quais se propusera, viria a resignar ao cargo de deputado com outros membros da Ala LiberalEm Maio de 1974, após a Revolução dos Cravos, Sá Carneiro fundou o Partido Popular Democrata (PPD), entretanto redesignado Partido Social-Democrata (PSD), juntamente com Francisco Pinto Balsemão e José Magalhães Mota. Torna-se o primeiro Secretário-Geral do novo partido.Nomeado Ministro sem pasta em diversos governos provisórios, seria eleito deputado à Assembleia Constituinte no ano seguinte, e em 1976 eleito para a I Legislatura da Assembleia da República.Em Novembro de 1977, demitiu-se da chefia do partido, mas seria reeleito no ano seguinte para desempenhar a mesma função. Em finais de 1979, criou a Aliança Democrática, uma coligação entre o seu PPD/PSD, o Centro Democrático Social-Partido Popular de Diogo Freitas do Amaral, o Partido Popular Monárquico de Gonçalo Ribeiro-Telles, e alguns independentes.A coligação vence as eleições legislativas desse ano com maioria absoluta. Dispondo de uma ampla maioria a apoiá-lo (a maior coligação governamental até então desde o 25 de Abril), foi chamado pelo Presidente da República Ramalho Eanes para liderar o novo executivo, tendo sido nomeado primeiro-ministro a 3 de Janeiro de 1980, sucedendoFrancisco Sá Carneiro faleceu na noite de 4 de Dezembro de 1980, em circunstâncias trágicas e nunca completamente esclarecidas, quando o avião no qual seguia se despenhou em Camarate, pouco depois da descolagem do aeroporto de Lisboa, quando se dirigia ao Porto para participar num comício de apoio ao candidato presidencial da coligação, o General António Soares Carneiro.
Notas Biográficas retiradas da Wikipédia, a enciclopédia livre

4 - Av. Miguel Bombarda

Miguel Augusto Bombarda, nasce no Rio de Janeiro a 6 de Março de 1851, filho de pais portugueses, que regressam a Portugal em 1858.
Frequenta o Curso de Medicina da Escola Médico Cirúrgica de Lisboa, tendo em 1877 defendido a tese “Do delírio das perseguições.
Grande autoridade em doenças nervosas, desde 1892 que estava colocado à frente de Rilhafoles, (Hospital Psiquiatrico de Lisboa) que buscou sempre melhorar.
Ao mesmo tempo colaborava na luta antituberculosa. Pertencia a muitas sociedades médicas e à Academia das Ciências de Lisboa. A ciência trouxera-o para a luta política e em prol da emancipação da consciência humana. Miguel Bombarda pertenceu, portanto, a um grupo de portugueses inconformados com a situação de atraso do país, que se revia nas "Conferências do Casino" com Antero de Quental e outros e que queria urgentemente renovar o país, culpando a Igreja pelo atraso.
Empenhou-se na actividade política, defende a República por oposição à Monarquia embora tenha aderido tardiamente ao ideal republicano. Foi socialista e anti-clerical.
A sua obra “A Ciência e o Jesuitismo”, de 1900, é um bom documento sobre o nosso “fin de siècle”.
É eleito deputado republicano nas eleições de Agosto em 1910, membro do comité revolucionário para implantação da República em Portugal é considerado o seu chefe civil.
O atentado contra Miguel Bombarda a 3 de Outubro de 1910, perpetrado por Aparício Rebelo dos Santos tenente do exército, de 32 anos que um ano antes estivera internado em Rilhafoles durante três meses, não o deixa assistir à vitória dos republicanos e põe o País em alvoroço. Mataram o Bombarda era o grito que se ouvia misto de dor e indignação, um louco tirava-lhe a vida, prostrando para sempre o principal chefe civil das forças revolucionárias.
Miguel Bombarda não estará com os seus, nesse dia de Outubro de 1910.
Rilhafoles, hoje conhecido como Hospital Miguel Bombarda.

5 - Av. Engenheiro Duarte Pacheco

Duarte Pacheco nasceu em Loulé em 19 de Abril de 1900. (ver bigrafia completa).
Em 1917 ingressa no recém-criado Instituto Superior Técnico (IST).
Seis anos depois termina o curso de Engenharia Electrotécnica com a classificação de 19 valores. Pouco depois, é convidado para professor de Matemáticas Gerais no Instituto e em 1927 é nomeado director do IST.
No ano seguinte foi convidado para ministro das Obras Públicas. Abandona o governo em 1936 mas voltará em 1938 a ocupar cargos políticos, aceitando ser presidente da Câmara Municipal de Lisboa, seguindo-se o regresso ao ministério das Obras Públicas nesse mesmo ano. Ministro das Obras Públicas de Salazar, Duarte Pacheco modernizou o País. Hábil a fintar os esquemas asfixiantes do regime, reestruturou os serviços dos correios e telecomunicações e revolucionou o sistema rodoviário. Falar de Duarte Pacheco é falar, ainda, de uma nova política de habitação, planos de urbanização, ensino, cultura. Com grande carácter, vontade forte e ousadia extrema, Duarte Pacheco revoluciona Portugal nas mais diversas áreas: obras públicas, transportes e comunicações, assistência, ensino e cultura. Marca de forma decisiva. Duarte Pacheco morreu num acidente de viação em 1943.

6 - Av. da Igreja

7 - Av. José Elias Garcia

José Elias Garcia, nasceu em Cacilhas a 31 de Dezembro de 1830 e faleceu em Lisboa em 21 de Junho de 1891. Filho de José Francisco Garcia, chefe das oficinas do Arsenal de Marinha, revolucionário liberal que sempre se batera pela causa constitucional. Elias Garcia foi um dos vultos mais prestigiosos do movimento republicano português, na sua primeira fase. Foi coronel de Engenharia, político, jornalista, presidente de diversas organizações liberais, lente da Escola do Exército, grão-mestre da Maçonaria portuguesa, deputado e presidente da Câmara Municipal de Lisboa em 1871. José Elias Garcia morreu pobre, tendo dedicado toda a sua vida à defesa da Democracia












Nota curiosa é o facto de, embora com algumas interrupções o nome de Elias Garcia cobre artérias que vão desde Sintra até Lisboa.

8 - Av da Republica

Tudo começou após o ultimato do governo britânico - entregue a 11 de Janeiro de 1890 por um "Memorando" - a Portugal, para a retirada das forças militares existentes no território compreendido entre as colónias de Moçambique e Angola.
A impossibilidade de resistência leva à imediata queda do governo, e ao desenvolvimento um profundo movimento de descontentamento social, implicando directamente a família reinante, vista como demasiado próxima dos interesses britânicos, na decadência nacional patente no ultimato.
Por esta altura também os ânimos estavam ao rubro na sequência da ditadura administrativa implantada por João Franco, então presidente do Governo, com o apoio do rei.
Estes clima de tensão que perturba a política portuguesa que dará lugar a uma cadeia de acontecimentos que desemboca no fim da monarquia constitucional e no reforço na consciência colectiva portuguesa do apego ao império colonial, que depois teve pesadas consequências ao longo do século XX.
A 1 de Fevereiro de 1908, na viagem de regresso de Vila Viçosa, em pleno Terreiro do Paço, Manuel Buíça, professor primário expulso do Exército e Alfredo Costa, empregado do comércio e editor, apontam armas certeiras a D. Carlos e a D. Luís Filipe príncipe herdeiro, os quais tem morte imediata, assim como os dois regicidas.
Quatro autores estão na base principal sobre os factos que se apuraram: Raul Brandão, António de Albuquerque, Aquilino Ribeiro e José Maria Nunes.
O regícidio é geralmente considerado como o fim efectivo do regime monárquico constitucional, sendo o golpe de 5 de Outubro de 1910 apenas a sua confirmação, a revolta republicana que já se avizinhava no contexto da instabilidade política
Activo na política portuguesa desde 1878, Teófilo Braga, torna-se o primeiro Presidente da Republica Portuguesa a que se seguirão mais oito nomes, durante a vigência da chamada “Primeira Republica” que vai de 1910 a 1926.

9 - Beco dos Capuchos

10 - Calçada Luis de Freitas Branco

Luís de Freitas Branco, nasceu em Lisboa no dia 12 de Outubro de 1890, na Trav. do Convento de Jesus nº. 16, filho de um alto funcionário da corte de D. Carlos. (o pai de Luís de Freitas Branco, seguia com o séquito do rei no dia em que foi assassinado).
Aprendeu violino muito cedo e com 14 anos já compõe canções que atingem grande popularidade, colabora no Diário ilustrado com uma rubrica de crítica musical.
Vai para Berlim com o tio João de Freitas Branco, em 1910 estudar composição e história da música, mas está em Lisboa no dia 5 de Outubro. (29 anos mais tarde recordará, no Diário, que às oito e meia da manhã ouviu gritos de "Viva a República, Viva a Liberdad”)
Em 1911 vai a Paris em 1911 onde entra em contacto com Debussy. Regressado a Portugal é nomeado Professor do Conservatório de Lisboa, passando depois a subdirector, funções que exerce de 1919 a 1924.
Se o seu espírito crítico cedo o fez reconhecer os defeitos da monarquia, a Primeira República trouxe-lhe alguns desgostos o que o leva à oposição. Quando o Movimento de 28 de Maio de 1926 instaura em Portugal uma ditadura, afasta-se rapidamente do regime e começa uma aproximação aos ideais socialistas e a António Sérgio, que muito admirava.
Funda o Integralismo Lusitano (agrupamento sócio/politico activo e influente na oposição ao Estado Novo de Oliveira Salazar)
A sua amizade com Bento de Jesus Caraça, leva-o a apoiar militantes comunistas e a própria acção do PCP, na clandestinidade.
Em 1940 é movido a Luís de Freitas Branco, um processo disciplinar, por parte do Conservatório Nacional, por, alegadamente se ter referido de forma irreverente à passagem bíblica sobre a anunciação, aconselhando as alunas a escolher melhor marido que S. José. O resultado foi o seu afastamento daquela unidade escolar.
Com um grupo de discípulos mantém tertúlias e na então Emissora Nacional realiza uma série de palestras.
Em 1950, Termina a música para o filme Frei Luís de Sousa, realizado por António Lopes Ribeiro.
No dia 12 de Janeiro de 1955, sofre um grave colapso cardíaco. Compreendendo o que fatalmente vai acontecer, diz a amigos que já por duas vezes teve a sensação da morte e que de ambas foi uma sensação de alívio.
Morre na madrugada do dia 27, na Rua do Século nº 79.

11 - Calçada do Moinho de Vento







12 - Casal dos Afonsos

13 - Casal Zunidos

14 - Escadinhas Cláudio Carneiro

Cláudio Carneiro, nasceu na cidade do Porto em 1895, filho e irmão de pintores, opta pela musica , estudando violino e composição no Conservatório de Musica do Porto.
Compôs musica de camara, para violino, piano e flauta.
Escreve também musica coral, e faz ainda hormonizações de canções populares. Pertenceu ao Gabine de Estudos Musicais, da Emissora Nacional e foi director do Conservatório de Musica do Porto. Colaborou ainda em ínumeras revistas.
Morreu em 1963, contava 68 anos.

15 - Escadinhas do Pendão

16 - Estrada das Águas Livres

17 - Estrada do Cemitério

18 - Estrada Nacional 117-3

20 - Impasse Gaspar Corte Real

Filho de João Vaz Corte Real, terá nascido em Tavira por volta do ano de 1450, tendo ido para os Açores (que reclamam ser o seu berço) com tenra idade. Gaspar Corte Rel foi um dos Navegadores Portugueses ao serviço de D. Manuel I.
Em 1500, terá realizado uma primeira viagem de descoberta de sua própria iniciativa, que embora não se sabendo com toda a certeza, se crê, ter sido para ocidente. A concessão que lhe faz D. Manuel diz claramente que são lhe concedidos direitos sobre “ilhas ou terra firme que venha a descobrir”,
Apesar dos poucos dados existentes, presume-se que numa das suas viagens Gaspar Corte Real terá encontrado a península da Florida e atingido ainda o Canadá. Terra Nova ou "Terra dos Corte-Reais". Gaspar Corte Real, partiu em 1501 numa segunda expedição ao Continente Americano e nunca mais voltou.
A 9 de Outubro de 1501, chega a Lisboa uma das naus que o acompanhara, a bordo grande quantidade de produtos locais e sete nativos capturados. Outro navio chega a 11 do mesmo mês, trazendo cerca de cinquenta cativos e também produtos locais.
Uma carta náutica portuguesa, datada de 1502, mostra-nos, de facto, a Terra Nova, a qual está enganadoramente puxada para Leste, para que possa ser chamada de Terra de el-Rei de Portugal
O outro filho Miguel, partiu em 1502 em busca de seu irmão e também nunca mais foi visto.
Existe uma pedra com 40 tonelas, que esteve dentro de água até 1965 na margem esquerda do Rio Taunton, situada numa região a sul de Boston. Em 1918 foi detectado na pedra o nome de Miguel Corte Real e a data de 1511 (com o 5 em forma de S, como era característico na época), e em 1951, três cruzes da Ordem de Cristo na mesma pedra. A Pedra de Dighton possui também outros símbolos nacionais como o escudo português em forma de U e outro escudo português em forma de V. A pedra está presentemente no museu local, Edmund Delabarre, traduz do latim uma inscrição existente na pedra que diz:
"MIGUEL CORTEREAL pela vontade de DEUS
aqui CHEFE dos ÍNDios
1511"

A pedra de Dighton

19 - Impasse Camilo Pessanha

Camilo Pessanha, nasceu em Coimbra, no ano de 1867, filho de um estudante e de uma mulher do povo. Em 1885, inicia seus estudos no curso de Direito, na Universidade de Coimbra Formado, trabalha em Mirandela e em Óbidos. Nesta última cidade, torna-se próximo a Alberto Osório de Castro, por cuja irmã, Ana de Castro Osório,(futura escritora) se apaixona sem ser correspondido.
No ano de 1894, muito provavelmente por motivo desta desilusão amorosa, parte para Macau, lugar para onde concorre como professor. Integrasse na cultura de Macau chegando mesmo a fazer traduções do mandarim para o português.
Contrai tuberculose, doença dos finais do séc XVIII, que agrava com o vicio do ópio. Vem a Lisboa várias vezes em busca de cura, era então poeta notável como reconheceram, Fernando Pessoa e Luís de Montalvor.
Trava entretanto conhecimento com Alberto Osório de Castro, filho da mesma Ana de Castro Osório que o poeta cortejara duas décadas antes, que tudo faz para reunir em livro a obra de Camilo. É a Editora Lusitânia (propriedade de Ana de Castro Osório), que publica em 1920, Clepsidra, (poesia) único livro de sua autoria que Pessanha viu em toda a vida.
Continua apaixonado por Ana, que entretanto enviuvara, não obstante ter no Oriente várias mulheres com filhos seus, mas esta não vê em Camilo Pessanha, mais nada que um amigo.Assim volta a Macau onde morre no dia 1 de Março de 1926.

Estátua
Cansei-me de tentar o teu segredo:
No teu olhar sem cor, --- frio escalpelo,
O meu olhar quebrei, a debatê-lo,
Como a onda na crista dum rochedo.

Segredo dessa alma e meu degredo
E minha obsessão! Para bebê-lo
Fui teu lábio oscular, num pesadelo,
Por noites de pavor, cheio de medo.

E o meu ósculo ardente, alucinado,
Esfriou sobre o mármore correcto
Desse entreaberto lábio gelado...

Desse lábio de mármore, discreto,
Severo como um túmulo fechado,
Sereno como um pélago quieto.

21 - Impasse Gonçalo Velho Cabral

Gonçalo Velho Cabral, Comendador de Almourol, amigo, frei da Ordem Militar de Cristo, foi um navegador que ao serviço do Infante D. Henrique
se lhe atribui a descoberta dos Açores entre 1431/1439, assim como o seu povoamento. Morreu com a idade de 70 anos.




22 - Impasse João Fernandes Labrador

João Fernandes Labrador, navegador português, terá nascido no ano de 1453, numa das ilhas dos Açores. ( Ilha Terceira)
Por volta do ano de 1499 emite D. Manuel uma carta onde refere que João Fernandes Labrador “nos disse que por serviço de Deos e nosso” iria partir em busca e descobrimento de algumas Ilhas à sua custa, prometendo-lhe D. Manuel a capitania de todas as ilhas povoadas ou despovoadas que ele descobrisse.
Assim é muito provavel que Labrador tivesse “descoberto” a Gronelândia porém já não é tão certo ter descoberto o actual “Labrador”
Certo é que Fernandes Labrador, representou por gráficos as costas de Sudoeste da Gronelândia e do noroeste da América do Norte por volta de 1498 e contou sobre eles na Europa
Crê-se que morreu no ano e 1505

23 - Impasse Maestro José Belo Marques

Maestro José Belo Marques, nascido em Leiria em 1898
Em 1935 ingressou nos quadros da Emissora Nacional. Dirigiu o Centro de Preparação de Artistas da Rádio, após ter regressado de Africa para onde foi em 1938.
Como compositor ficaram celebres algumas canções, entre as quais “Alcobaça” Formou a Orquestra Típica Portuguesa e dirigiu a Orquestra de Variedades da Emissora Nacional.
Escreveu para o Teatro de Revista, para o cimena e ainda marchas populares. Retirou-se na década de sessenta vindo a falecer em 1986.

24 - Impasse Pero da Covilhã

Pedro ou Pêro da Covilhã, terá nascido na Covilhã, no ano de 1450 Etiópia, 1530?) foi um diplomata e explorador português.
Pêro da Covilhã, recebe um convite para servir D. Juan de Guzman, irmão do Duque de Medina-Sidónia assim parte para Sevilha aos 18 anos, aos 24 anos, é admitido como moço de esporas de D. Afonso V. que pela sua amizade e pelo seu domínio de línguas, nomeadamente a língua árabe passado pouco tempo, decide El-Rei elevá-lo a escudeiro, com direito a armas e cavalo.
Em 1487, D. João II, envia-o juntamente com Afonso de Paiva em busca de notícias do mítico reino do Preste João e da Índia, Na Etiópia é bem acolhido pelo imperador Alexandre, descendente do Preste João, rico e bem sucedido, ali casou e teve filhos, vindo a morrer muitos anos depois pol volta de 1530.

25 - Impasse Tristão Vaz Teixeira

Tristão Vaz Teixeira terá nascido por volta de 1395
Inicialmente conhecido apenas por Tristão Vaz, casou com com Branca Teixeira de quem teria adoptado o apelido “Teixeira”, era escudeiro do Infante D. Henrique, a quem acompanhou a Ceuta e Tânger, onde se mostrou "homem assaz ardido".
Terá com Gonçalo Zarco aportado à ilha que depois seria conhecida com o nome de Porto Santo em 1415, encarregado de colonizar vai povoar depois a ilha da Madeira em 1425. Tendo-lhe sido concedida a capitania do Machico com carta de doação de 11 de Maio de 1440.
Organizou várias expedições à África, com caravelas suas.
Por abuso de autoridade, esteve desterrado da sua jurisdição à qual voltou perdoado, em 1452.
Deixou juntamente com Branca Teixeira numerosa descendência, que se ramificou em várias das mais ilustres famífias da ilha hoje largamente espalhada pelo arquipélago.
Faleceu em Silves já de idade avançada crê-se que em 1480.

26 - Largo do Alto dos Moinhos

27 - Largo Baterias

29 - Largo da Estação

Reza assim a placa que há poucos anos foi colocada no Largo da Estação:
Queluz
Os primeiros anos do caminho-de-ferro e o Apeadeiro de Queluz.
Em 1887 com a inauguração do caminho-de-ferro de lisboa-Sintra o combóio rasga a vila e alguns habitantes de Belas, Queluz e Pendão dirigiram uma petição à Companhia Real do Caminhos de Ferro pedindo o "estabelecimento de um apeadeiro no logar de Ponte Pedrinha" Nota da Imprensa, no Jornal de Cintra nº. 36 de 11 de Julho de 1889.
O Povoado de Queluz, transformava-se aos poucos.
Por volta de 1890 a Familia Real utilizava este meio de transporte para se deslocar ao Palácio. No ano de 1897, o Apeadeiro foi elevado à categoria de Estação. Hoje a nova Estação fervilha de movimento.
Deste ponto dá-se inicio ao que se designa por "Percurso d'Água" denominação que se deve à relação de proximidade com a ribeira do Jamor e a estrutura hidráulica que abastecia o Palácio Nacional de Queluz. Neste percurso pretende-se pontuar os locais de interesse histórico, cultural e Ambiental.
(antiga estação de Queluz/Belas)
A nova estação de Queluz/Belas