03/04/2008

103 - Rua Dr. Joaquim Eleutério Gaspar Gomes

Joaquim Eleutério Gaspar Gomes, nasceu em Queluz (Sintra) e faleceu em Lisboa. Após ter concluído o curso no Liceu Central de Lisboa, matriculou-se na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, defendendo tese em 1846, obtendo distinção. De 1847 a 1854 desempenhou as funções de Médico Municipal em Belas e, em 1855, dourorou-se em Medicina e Cirurgia na Universidade de Bruxelas. Concorrendo, no mesmo ano, para o lugar de Médico extraordinário do Hospital de São José, obteve a nomeação a 30 de Julho, e a promoção a efectivo a 04-07-1868, alcançando o lugar de Director da Clínica de Crianças no Hospital D. Estefânia, dez anos depois.
Quando da epidemia da cólera morbus em 1856, prestou serviço no Hospital Provisório de D. Farancisco de Paula, e no ano seguinte, durante a epidemia da febre amarela, dirigiu o Hospital Provisório situado na Rua de Santo Ambrósio, em Lisboa. Concorreu, em 1856, ao Magistério do Instituto Geral de Agricultura para onde entrou, sendo, em seguida, provido definitivamente na cadeira de Zootécnia, passando, mais tarde, a dirigir a cadeira de Matéria Médica, em que se conservou até à sua jubilação. Foi encarregado de várias comissões de serviço público, entre as quais a Sanitária, durante a epidemia da febre aftosa nos animais de consumo e a de formar um projecto de esgoto para a cidade de Lisboa. Teve carta de Conselho em 1880. Além dos cargos e funções citadas, foi membro do Conselho Penitenciário, sócio benemérito da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa, na qual desempenhou o cargo de Presidente (foi o 19º Presidente), sócio efectivo da Academia das Ciências Médicas de Lisboa, sócio correspondente da Academia Cirúrgica Matritense, do Colégio de Farmacêuticos, de Madrid, da Academia Cirúrgica Maiorquina, da Sociedade de Medicina Pública e Higiene Profissional de França, da Academia Nacional de Medicina e Cirurgia de Cádis, da Academia Médico-Farmacêutica de Barcelona e da Academia de Medicina do rio de Janeiro. Possuía a Comenda da Ordem de Cristo e o Grau de Cavaleiro da Torre e Espada e a Medalha Humanitária da Febre Amarela, concedida pela Câmara Municipal de Lisboa em 1857. Foi redactor do Jornal da Sociedade das Ciências Médicas, que inseriu vários artigos seus sobre Higiene, e discursos proferidos em sessões solenes da referida Sociedade; e colaborou em muitos outros jornais médicos, publicando, em 1876, um artigo intitulado “O Casamento e o Código Ciil”. Dos seus escritos cita-se: Elogio do Conselheiro Bernardo António Gomes, lido em sessão solene aniversaria da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa, no dia 15 de Outubro de 1877, etc., e Memória sobre Hemotise Nervosa, propositadamente escrita para a Academia das Ciências e que ficou inédita. O nome de Joaquim Eleutério Gaspar Gomes faz parte da Toponímia de Queluz e de Belas.
(Agradeço o comentário do Sr Manuel Lopes e a ajuda preciosa que me deu)

1 comentário:

Manuel disse...

Aqui ficam alguns dados biográfcios do Dr. Gaspar Gomes, nome pelo qual era conhecido pelos seus pares.

Manuel Lopes


GASPAR GOMES
Médico e Professor
(21-03-1824) – (1896)

Joaquim Eleutério Gaspar Gomes, nasceu em Queluz (Sintra) e faleceu em Lisboa. Após ter concluído o curso no Liceu Central de Lisboa, matriculou-se na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, defendendo tese em 1846, obtendo distinção. De 1847 a 1854 desempenhou as funções de Médico Municipal em Belas e, em 1855, dourorou-se em Medicina e Cirurgia na Universidade de Bruxelas. Concorrendo, no mesmo ano, para o lugar de Médico extraordinário do Hospital de São José, obteve a nomeação a 30 de Julho, e a promoção a efectivo a 04-07-1868, alcançando o lugar de Director da Clínica de Crianças no Hospital D. Estefânia, dez anos depois. Quando da epidemia da cólera morbus em 1856, prestou serviço no Hospital Provisório de D. Farancisco de Paula, e no ano seguinte, durante a epidemia da febre amarela, dirigiu o Hospital Provisório situado na Rua de Santo Ambrósio, em Lisboa. Concorreu, em 1856, ao Magistério do Instituto Geral de Agricultura para onde entrou, sendo, em seguida, provido definitivamente na cadeira de Zootécnia, passando, mais tarde, a dirigir a cadeira de Matéria Médica, em que se conservou até à sua jubilação. Foi encarregado de várias comissões de serviço público, entre as quais a Sanitária, durante a epidemia da febre aftosa nos animais de consumo e a de formar um projecto de esgoto para a cidade de Lisboa. Teve carta de Conselho em 1880. Além dos cargos e funções citadas, foi membro do Conselho Penitenciário, sócio benemérito da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa, na qual desempenhou o cargo de Presidente (foi o 19º Presidente), sócio efectivo da Academia das Ciências Médicas de Lisboa, sócio correspondente da Academia Cirúrgica Matritense, do Colégio de Farmacêuticos, de Madrid, da Academia Cirúrgica Maiorquina, da Sociedade de Medicina Pública e Higiene Profissional de França, da Academia Nacional de Medicina e Cirurgia de Cádis, da Academia Médico-Farmacêutica de Barcelona e da Academia de Medicina do rio de Janeiro. Possuía a Comenda da Ordem de Cristo e o Grau de Cavaleiro da Torre e Espada e a Medalha Humanitária da Febre Amarela, concedida pela Câmara Municipal de Lisboa em 1857. Foi redactor do Jornal da Sociedade das Ciências Médicas, que inseriu vários artigos seus sobre Higiene, e discursos proferidos em sessões solenes da referida Sociedade; e colaborou em muitos outros jornais médicos, publicando, em 1876, um artigo intitulado “O Casamento e o Código Ciil”. Dos seus escritos cita-se: Elogio do Conselheiro Bernardo António Gomes, lido em sessão solene aniversaria da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa, no dia 15 de Outubro de 1877, etc., e Memória sobre Hemotise Nervosa, propositadamente escrita para a Academia das Ciências e que ficou inédita. O nome de Joaquim Eleutério Gaspar Gomes faz parte da Toponímia de Queluz e de Belas.
Fonte. “Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira” (Volume 12, Pag. 522)