03/04/2008

57 - Praceta Soares dos Reis

António Manuel Soares dos Reis, nasce em Mafamude, Porto, por volta de 1847. O seu pai Manuel Soares dos Reis, taberneiro de profissão e Tesoureiro da Confraria, tem decidida para o filho a herança de taberneiro. António porém, desde cedo que elegeu como sua brincadeira os rabiscos em papel aos quais, os clientes do pai servem de modelo, além disso os bocados de barro que sobram da Fábrica de louça da Torrinha, aproveita-os ele para moldar pequenas peças que seca ao sol.
Por sorte do rapaz, um seu vizinho tem um amigo que é professor de Belas Artes e decide levar algumas peças para serem avaliados, reconhecido o jeito natural falta a autorização do pai para que António Manuel, possa ingressar em Belas Artes.
Autorização que não é difícil de conseguir por Diogo de Macedo o visinho que primeiro reparou no talento de António e a quem todos respeitam como benfeitor da terra.
É assim que aos 14 anos entra na Academia de Belas Artes que termina cinco anos depois. A guerra Franco/Prussiana apanha-o em Paris, e após alguns sustos regressa ao Porto para pouco tempo depois partir para Roma como bolseiro e após algumas contrariedades monetárias, conclui a sua obra “O Desterrado” que será enviado para o Porto.
Volta a Portugal, recebe encomendas que executa com perfeição dá aulas no seu atelier, mas a vida não lhe corre bem, nem a nível profissional nem familiar.
Suicida-se às 8h00 da manhã, do dia 16 de Fevereiro de 1889, com dois tiros na cabeça.

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