03/04/2008

43 - Praceta António João Lobato

António João Gonçalves Lobato nasceu em 1909, primeiro-sargento mecânico da Aeronáutica Militar, acompanhou na primeira viagem aérea Lisboa-Timor–Lisboa o Oficial aviador Humberto da Cruz na avioneta “Leopard Moth Dilly" .
Este é um dos maiores feitos da aviação portuguesa e o facto de o avião ser relativamente frágil enobrece ainda mais a façanha.
A 25 de Outubro de 1934, saíram da Amadora com destino a Timor, a bordo do "Dilly".
No dia do regresso, a 21 de Dezembro de 1934, haviam percorrido 42.670km, voando 268 horas e 25 minutos.

Os aviadores saíram de Díli a 13 de Novembro e aterraram na actual cidade da Amadora (Portugal) a 21 de Dezembro, pouco antes do Natal, como desejara Humberto Cruz.
António Lobato foi escolhido como companheiro de vi
agem por Humberto Cruz, devido à sua competência, carácter alegre, correcção, aprumo e camaradagem.
No ano seguinte ao da viagem, em 1935, morreu n
um desastre de avião perto de Viseu. "Morreu o Lobato!". A mensagem que ecoou, na sua simplicidade, transmitia a memória e o carinho colectivos que o País conservava de tão jovem e corajoso ás da navegação aérea."

1 comentário:

João Castela Cravo disse...

"Humberto Cruz escreveu a propósito: "O glorioso navegador (Jorge Castilho) do Atlântico Sul, a quem a Pátria tanto deve; aquele que soube marcar no Grande Oceano a rota do 'Argos', o hidroavião que, pela primeira vez, navegou uma noite inteira ligando os dois continentes e duas pátrias, estabelecendo um recorde durável que nós não soubemos perpetuar na memória do mundo; o sábio aviador iria acompanhar-nos na nossa empresa", escreveu. Mas foi em 1934 que, juntamente com o primeiro-sargento mecânico da Aeronáutica Militar, António João Gonçalves Lobato (1909-1935), na avioneta Leopard Moth "Dilly" fez a viagem Lisboa­Timor-Lisboa.
Este é um dos maiores feitos da aviação portuguesa e o facto de o avião ser relativamente frágil enobrece ainda mais a façanha. A 25 de Outubro de 1934, saíram da Amadora com destino a Timor, a bordo do "Dilly". No dia do regresso, a 21 de Dezembro de 1934, haviam percorrido 42.670km, voando 268 horas e 25 minutos.
O voo de ida atravessou a África do Norte, com paragens em Argel, Tripoli, Bengazi e Tobruk, o Médio Oriente, com passagem por Gaza e Basra, internando-se depois pelo actual Paquistão e Índia, com as etapas a terminarem em Jask, Karachi, Allhabad, para finalmente rumar ao Sudeste Asiático e às Índias Orientais Holandesas, passando por Akyab, Banguecoque, Prachuab, Singapura, Soerabaia, Rambang e Díli, onde foram recebidos com grande entusiasmo, a 7 de Novembro de 1934: "Os indígenas de Timor são mais dóceis e subordinados do que geralmente se acredita ( ... ) Não existia já um português em Timor, há tantos anos que a nossa força naquelas ilhas é nula, pois a força que existe é tirada deles mesmos", comenta.
Os aviadores saíram de Díli a 13 de Novembro e aterraram na actual cidade da Amadora (Portugal) a 21 de Dezembro, pouco antes do Natal, como desejara Humberto Cruz. Galardoado com a Torre e Espada, publicou diversas obras sobre aviação, tendo falecido a 10 de Junho de 1981. António Lobato foi escolhido como companheiro de viagem por Humberto Cruz, devido à sua competência, carácter alegre, correcção, aprumo e camaradagem. No ano seguinte ao da viagem, em 1935, morreu num desastre de avião perto de Viseu. "Morreu o Lobato!". A mensagem que ecoou, na sua simplicidade, transmitia a memória e o carinho colectivos que o País conservava de tão jovem e corajoso ás da navegação aérea."

A parrtir deste texto pode ficar com a indicação de quem foi o mecânico aviador António João Lobato

Cumprimentos